É importante saber que a dislexia não é uma doença, senão um
distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça, falta de atenção
ou má alfabetização. O que ocorre é uma desordem no caminho das informações, o
que inibe o processo de entendimento das letras e, por sua vez, pode
comprometer a escrita. É claro que os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes
graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do
alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo
gráfico e as letras ao som que eles representam.
Ter dislexia não é o fim do mundo, o disléxico não é
deficiente. Fique tranquilo! Ele pode ser uma pessoa saudável e inteligente,
porém com dificuldade acima do comum em aprender a ler. Geralmente, o disléxico possui um QI
normal ou até mesmo acima do normal.
Quanto antes descobrir a dislexia, melhor será para
evitar rótulos depreciativos ao portador, dificuldades com os colegas na
escola, constrangimento no local de trabalho, problemas de relacionamento seja
com amigos, parceiros ou familiares.
Mas quando podemos saber se é dislexia mesmo? “Não há diagnóstico
fechado que possa ser feito precocemente. O fato de o bebê apresentar atrasos
na fala não necessariamente significa que ele seja disléxico”, explica o
neurologista infantil Abram Topczewski, do Hospital Israelita Albert Einstein
(SP). É importante que, nessa fase, seu filho seja atendido por um
fonoaudiólogo, para não ficar defasado em relação às crianças da mesma idade.
Somente no período de alfabetização, uma equipe multidisciplinar poderá avaliar se realmente a criança tem o transtorno. Se você estiver desconfiado, procure um neurologista, um psicólogo e um fono, que realizarão testes clínicos. É possível que o baixo rendimento na escola seja ocasionado por outros motivos: falta de adaptação ao método de ensino da escola, ausência de estímulo, transtornos emocionais ou problemas na visão, por exemplo. Somente os especialistas terão condições de avaliar seu filho e encaminhá-lo ao tratamento correto.
Somente no período de alfabetização, uma equipe multidisciplinar poderá avaliar se realmente a criança tem o transtorno. Se você estiver desconfiado, procure um neurologista, um psicólogo e um fono, que realizarão testes clínicos. É possível que o baixo rendimento na escola seja ocasionado por outros motivos: falta de adaptação ao método de ensino da escola, ausência de estímulo, transtornos emocionais ou problemas na visão, por exemplo. Somente os especialistas terão condições de avaliar seu filho e encaminhá-lo ao tratamento correto.
Descobriu que
a criança tem dislexia? Não se desespere. Apesar de ser um transtorno
permanente, os sintomas podem ser atenuados. É essencial que haja o
acompanhamento de um fonoaudiólogo e o apoio de um psicopedagogo, que orientará
a alfabetização em um método adequado para o seu filho, também pode ser uma boa
opção. Por isso, procure a ajuda desse profissional assim que receber o
diagnóstico. É como um treino de corrida, que aprimora o desempenho do atleta. A prática da leitura vai facilitando, aos
poucos, a velocidade e a compreensão.
Quanto a
criança vai progredir? Tudo depende do grau de comprometimento dela – se for de
moderado a severo, é possível que a leitura sempre seja mais custosa e menos
fluida.
Cuidado
com a comparação
A criança talvez se sinta inferior aos amigos, por demorar mais a fazer as lições na sala, por exemplo. As cobranças da escola e da família também podem contribuir para que ela fique ansiosa. Se esse tipo de pressão gerar alterações emocionais, um psicólogo pode ajudar a aumentar a autoestima dela. Claro: a participação da família é importante! Você deve entender que a dificuldade da criança não é resultado de preguiça ou falta de vontade dela. Leia com ela por alguns minutos, em voz alta, diariamente e use figuras para ilustrar as histórias. E mais: explique ao seu filho que dislexia não o faz menos inteligente que as demais crianças.
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